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Como a conversa se prolongou. Aqui está um ponto para os nostrianos opinarem. Se eu sou um funça sou um comparça do estado, correto? Porém se eu trabalho para uma empresa, nacional ou multinacional (indiferente), que recebe algum tipo de subsídio, seja ele crédito barato ou qualquer outro tipo de benefício estatal, eu sou comparça? Me parece muito nobre dizer que eu sou um parasita por receber uma mixaria do estado de forma direta. Porém um funcionário de uma grande multinacional receberá um salário originário de crédito barato obtido pela empresa. Ou melhor, eu fundo uma empresa que abre capital na bolsa, agora eu sou comparça?
2025-11-29 03:36:57 from 1 relay(s) 8 replies ↓
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Sim é. Logo todos somos comparsas, direta ou indiretamente. Mas qual a outra opção? Hummm Pooorém ... Kkk podemos ser São Sebastião, e comprar btc, orientar os normies sobre a vigilância e o bigbtrother etc, etc, etc. Vai na fé que na trama ciberpunk, os anti herois, são os reais salvadores da pátria.
2025-11-29 12:35:17 from 1 relay(s) ↑ Parent Reply
Minha opinião pessoal (de agorista): ninguém no atual estágio da humanidade tem capacidade tecnológica para estar 100% livre economica e financeiramente do estado, então esse dilema de "será que estou ajudando a perpetuar o estado agindo de forma x ou y?" pode ser solucionado fazendo uma análise das circunstâncias do meio social em que vc está inserido, refletindo se há uma alternativa em que vc possa agir contribuindo o mínimo possível para o perpetuamento do estado
2025-11-29 16:43:18 from 1 relay(s) ↑ Parent Reply
No pé em que as coisas estão, as pessoas estão cada vez mais dependentes do estado mesmo a contragosto, para trabalho, tratamento, estudos, são formas de serem beneficiados diretamente pelo estado. Algumas pessoas achariam melhor participar de uma empresa privada porque quem firmou contrato com o estado não serão essas pessoas diretamente, talvez até de uma forma meio imposta pelas circunstâncias. Se um terceiro faz isso e não você, acredito que sua consciência não teria tanto impacto como sendo um funcionário público ou um CEO ou sócio majoritário de uma empresa dessas. Numa hora ou outra, o dinheiro proveniente de coerção estatal será usado conosco de uma forma ou de outra. É quase inescapável isso.
2025-11-29 23:09:32 from 1 relay(s) ↑ Parent Reply
Ainda que eu fosse ancap, eu deveria respeitar o trabalho do funcionário público, ele é uma pessoa em necessidade trabalhando. Óbvio que não estou me referindo a cargo comissionado sem sentido com funcionário fantasma que faz rachadinha. Isso é uma aberração. E o trabalho privado também pode ter problemas semelhantes aos das instituições públicas, como fraudes, golpes e outros crimes envolvidos. Eu respeito mais um funcionário público que faz coisas significativas para as pessoas do que um funcionário privado que aplica golpes em pessoas.
2025-11-29 23:21:50 from 1 relay(s) ↑ Parent 2 replies ↓ Reply
Somos vermes juntos então :-D Falando sério: só me tornei servidor público por falta real de alternativas. As pessoas precisam separar suas necessidades pessoais de qualquer interesse ideológico ou coletivo. Quando passei no concurso, questionei a ética de assumir um cargo público. Um amigo próximo foi direto ao ponto: "A vaga não deixa de existir se você recusar. Eles só vão chamar outra pessoa. Melhor que seja alguém consciente do potencial destrutivo do Estado, capaz de limitar danos, do que alguém que nem percebe esse risco." No fim, a decisão é guiada por necessidades individuais: dinheiro, estabilidade, oferta de trabalho e, no meu caso, condições mínimas de trabalho, exatamente o que me fez abandonar o emprego anterior. Aqui surge o contraste entre ideologias. Os coletivistas tendem a se infiltrar em setores onde acreditam poder gerar o maior impacto (educação, comunicação etc.) e colocam a ideologia acima do próprio bem-estar. Isso tem consequências claras: a esquerda apresenta índices mais altos de problemas de saúde mental, um preço que eles estão dispostos a pagar pela própria ideologia. Nós, não coletivistas, priorizamos o próprio bem-estar. Isso é coerente com nossa ideologia, mas também limita sua difusão. No fim, valorizamos escolhas individuais e liberdade pessoal acima da própria ideologia e entendemos que isso, ironicamente, é o caminho mais sólido para qualquer bem-estar coletivo real.
2025-11-30 13:11:28 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Mesmo em cargo comissionado, muita gente entra em rachadinha sem nem saber. No setor onde trabalho, teve uma secretária comissionada que dizia ganhar 1.500 reais. Achei estranho, porque o salário normal do cargo era 3.000, mas deixei quieto. Só muito tempo depois descobri o que tinha acontecido: no dia da contratação, enfiaram um monte de papéis pra ela assinar, levaram ela no banco pra abrir uma conta, e ela nunca teve acesso à conta onde o salário real caía. Ela simplesmente não sabia que estava no meio de uma rachadinha. No caso específico, não era “roubo” no sentido clássico, mas ainda era desvio de finalidade: pegaram parte do salário dela pra bancar um funcionário extra. Ela concorria a um emprego, entrou, trabalhava direitinho dentro das limitações dela, e não fazia ideia do que estava acontecendo. Minha conclusão: mesmo quem aparece como “participante” de rachadinha não é necessariamente culpado. Na maioria das vezes, a pessoa só precisa do emprego e acaba sendo usada como qualquer outro peão do sistema. Claro, se alguém entra no esquema de propósito, oferece parte do salário ou procura cargo já sabendo da troca, aí é outra história. Mas, na prática, a maior parte desse pessoal nem sabe que existe algo ilegal ou imoral por trás da contratação.
2025-11-30 13:24:07 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Mais um caso anedótico. Meu pai sempre quis ser filósofo; a vida dele girava em torno disso. Cresci cercado de livros de filosofia. Quando ele tinha pouco mais de 20 anos e foi fazer vestibular, um dirigente do Partido Comunista o reconheceu na porta da reitoria e puxou conversa: — Vai prestar para quê? — Filosofia. — Não faz filosofia. Já temos gente demais nas humanas. Precisamos de alguém em exatas. Tem algo de exatas que você goste? — Gosto de Física. — Então faz Física. Ele seguiu o conselho e entrou em Física. Virou um profissional excelente, publicou centenas de artigos e chefiou diversos observatórios pelo mundo. Mas carregou a frustração de nunca ter seguido filosofia, algo que provavelmente contribuiu para o alcoolismo que acabou destruindo a vida dele.
2025-11-30 13:35:08 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Claro que tem discussão. Olha, ultimamente eu estou com um hábito terrível de achar que as pessoas conseguem ler minha mente e não estou expondo direito minhas ideias. Então vou só explicitar o que devia ter escrito desde ontem. Na minha visão, você está cometendo o mesmo erro de ontem. Esse é o problema 👉 "Não tem discussão", é claro que tem discussão. E tem que ter, sempre. Na minha opinião, você está errando na direção. Você está fazendo a mesma coisa que aqueles tipos de jovens do "o que é que tem", "tanto faz", "não importa tanto assim", "idaí". Quando na verdade temos sim sempre buscar onde é o limite. Claro que nunca é fácil delimitar essa linha tênue, e pior ainda torná-la um modo de vida, um princípio. Esse não é o grande desafio da vida? Viver de acordo com o princípios que acreditamos? Sinto muito pelo nostr:nprofile1qqs2sw8gqth7hse07tthekhpq57tjd65l4uf2at4ntjtjfw0ks3k9ngpzpmhxue69uhkztnwdaejumr0dshsqkp2z5 , mas na verda@npub1rjc55hhcz0awwkzsdkrtg6f407tp20p0kdllkgdvp88wjq2a2yzsehdq5nfenix não está errado. Para explicar o porquê vou trazer um experimento que foi exposto no livro "A mais pura verdade sobre a desonestidade". Em que mostrava que as pessoas se sentem muito mais confortáveis em furtar um pacote de biscoito com valor de R$ 2,00 que estava sobre a mesa do que diretamente uma nota de dois reais. Claro tem o espectro. Tem pessoas que Vão dormir tranquilo de levar a própria nota enquanto outros vão se sentir desconfortáveis só de pensar em levar o pacote de biscoito. Percebeu em qual dos três grupos o @karakualker se encaixa? Não coletaria imposto diretamente, mas confortavemente recebe salário que advém de impostos pagos coercitivamente ou de multas pagas por homens e mulheres que se recusaram a lamber o sapato desses parasitas. O importante é que seja outra pessoa pagando meu salário.
2025-11-30 14:00:37 from 1 relay(s) ↑ Parent 3 replies ↓ Reply
Não existe incentivo para eu dizer para você o que eu faria. Entende agora? Pense lá no fundo da sua consciência o que vc seria capaz de fazer se os incentivos trabalhassem a favor. Imaginar que o ser humano é santo, é de uma inocência que assusta.
2025-11-30 14:26:31 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Não precisa extender muito essa conversa. Eu já disse tudo isso e ele já confirmou que é isso mesmo. Ainda bem que mais gente aqui entende que o errado é o errado não importa a ocasião. Se dizer libertário ou colocar na bio não te faz libertário.
2025-11-30 14:29:12 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Sim, todos fazem uma análise se compensa ou não fazer algo. Para a maioria o preço deles pode ser bem alto, mas eu não sou inocente de achar que 99% da população podem ser compradas dependendo da situação.
2025-11-30 14:33:40 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Ele tá te levando para o lado que ele quer sem você nem perceber. O ponto é simples, você é responsável pelos seus atos e isso te faz um libertário. Hipóteses só servem pra levar a discussão pra um ponto sem conclusão, não levam a nada.
2025-11-30 14:36:56 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Meu ponto é só sobre incentivos. Se você vive em uma sociedade que os incentivos são para ser servidor, você provavelmente vai por esse caminho, se você precisa sustentar um filho ou ele morrer de fome e sua oportunidade ser um trabalho no serviço público, você vai entrar mesmo não concordando. No mundo real, não existe essa de ideologia, existe é sobrevivência. Se você passar por uma situação bastante complicada na sua sua, seus ideais, vão para o saco.
2025-11-30 14:44:04 from 1 relay(s) ↑ Parent 2 replies ↓ Reply
Agora dito isso, arrumar argumentos sem sentido para justificar estar no serviço público como o 3tao, que fala que está tirando dinheiro do sistema, essas ladainhas para tentar se sair bem, é ridículo. Melhor dizer logo que é hipócrita e que todos nós somos em algum grau. E que os incentivos foram no sentido dele se tornar servidor e pronto.
2025-11-30 14:49:38 from 1 relay(s) ↑ Parent Reply
Terceirizar a responsabilidade. Como o rapaz do “vou drenar o estado” porque “se eu não fizer alguém vai” com a falsa e errada justificativa de “destruir o estado”.
2025-11-30 14:57:08 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Sim, esses argumentos para tentar justificar algo é ridículo, assim como o do 38tao que joga uma conversinha de que está tirando dinheiro do estado. Mas sobre estar no serviço público mesmo sendo libertário e etc, não vejo problema nenhum, pois todo ser humano trabalha com incentivos e todos nós somos hipócritas em algum grau. Então ficar batendo nas pessoas por causa disso não faz sentido nenhum e não leva a lugar nenhum.
2025-11-30 15:00:05 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Isso foi um exemplo, por isso eu disse que todos tem um preço. O preço de um cara que está passando fome é diferente de um cara bem de vida. Mas não se engane achando que 99% da população não tem um preço. Talvez 1% não tenha mesmo e sejam santos.
2025-11-30 15:02:24 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
O problema está no agente do estado me dizendo que pensa igual a mim enquanto se sustenta da coerção e do roubo que a corporação pra quem ele trabalha executa. Tá tudo errado. Hipocrisia é a cereja do bolo apenas.
2025-11-30 15:03:29 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Mas veja: você me perguntou se todo mundo tem um preço. Eu neguei e disse que só o "incentivo não basta". Você veio em seguida e disse que eu estava errado e que as pessoas não tomam decisões racionais, mas escondeu o porquê. Logo em seguida você se contradizeu concorcando comigo, "as circunstâncias" importam; só os incentivos não bastam. Não são as circunstâncias que moldam nossos "objetivos, e perspectiva de vida?
2025-11-30 15:21:39 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Primeira parte: Veja, eu não disse que não deveria ter discussão, mas que ela praticamente não existe. Então nisso concordo contigo. Segunda parte: Se entendi a comparação feita a partir da história citada desse livro aí, você já parte do pressuposto de que o funcionário público é ladrão (não estou advogando em favor deles). Isso é pressuposto ancap, que é justamente a ideologia vigente no nostrBR. A maioria provavelmente concorda. Discussão se dá quando há discordância real, pontos de vista diferente.
2025-11-30 15:30:12 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Fiquei curioso para conhecer a tua visão política, então. Alguns são realmente coercitivos: policiais, agentes prisionais, soldados, físcais, até alguns agentes de saúde de hospitais de custódia. Não vejo isso em todos os cargos públicos.
2025-11-30 15:32:43 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Não supus que o funcionário públicos são capaz de roubar. Afirmei que não veem problema em usufruir dos espólios do roubo. Mais uma ilustração: O cara da boca assalta uma loja. Rouba dezena de milhares. Para comemorar joga notas pela rua. O funcionário público é equivalente aquele que coleta as notas de cinqüenta reais no chão. Roubou? Não. Mas vai pro inferno do mesmo jeito.
2025-11-30 15:38:11 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Como eu disse, ela não era a bolacha mais esperta do pacote. E muita gente não tem a formação/conhecimento necessários pra perceber que há algo errado. A pessoa nunca teve conta em banco antes, nunca teve emprego formal, não tem nenhuma referência para saber que há algo diferente ou suspeito.
2025-11-30 15:38:29 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
então, eu vou ser polemico aqui. N ocaso específico, não acho que ele seja maldito. o cara está dando emprego pra duas pessoas e aumentando a produtividade do estado, e pra isso está burlando regras rígidas, burras e burocráticas que dizem que vc só pode contratar pessoas da forma X, com o salário Y. A menos é claro, que ele tenha ficado com uma parcela do salário (que aparentemente não era o caso). Aí sim está se aproveitando dos outros, e seria moralmente errado. Enfim: burlar as regras do estado para tornar o estado mais produtivo é algo que eu aprovo.
2025-11-30 18:23:22 from 1 relay(s) ↑ Parent 1 replies ↓ Reply
Isso parece um grande problema. Trabalhar pra o estado garante que ele permaneça do mesmo tamanho. Trabalhar para multinacionais que recebem bônus, é tomar do que é seu. Creio que a coisa real aqui não é a grana em si, mas o trabalho. Para quem você trabalha? Mesmo uma multinacional pode atender pedófilos, e outros tipos de ideologias repugnantes contrárias às suas. Mesmo um autônomo pode realizar um trabalho para criminosos sem saber. Igualar dinheiro sujo com trabalho sujo é o mesmo que igualar Bitcoin com criminoso. Se você vê dinheiro no chão e sabe a quem pertence, você deve devolver, mas quando você não sabe a quem pertence, não considero errado tomá-lo para si. Trabalhando para o estado, você ajuda ele a se manter e manter suas ações, quando você trabalha bem lá dentro, é uma ilusão de melhora para o povo. "Nossa, finalmente fizeram algo bom.", "Nunca fui atendido tão bem.", essas coisas tendem a mudar a mente das pessoas. Você fornece seu trabalho físico para uma quadrilha. Você deve ser recompensado pelo seu trabalho, mas sabendo de quem é esse dinheiro, você ainda receberia? Você precisa disso, trabalhou por isso, contou com isso, mas teria coragem de assumir isso? O dinheiro não é o problema, você não conseguiria devolver isso e ficar sem nada, é sua mão de obra ajudando a máquina estatal continuar. Trabalhar para empresas, não exatamente ajuda o estado, a não ser que você consiga informações sobre conluio, como JBS, Magazine Luiza e afins (que da mesma forma, só melhora a vida de políticos, não todos eles, mas afeta a população como um todo). Você pode também trabalhar para políticos, ser financiado pelo governo, mas além de você ser capaz de decidir se faz tal serviço ou não, se cobra a mais por serem membros estatistas, o mérito do trabalho é seu, não do estado. Eu não conseguiria trabalhar pra o estado diretamente, mas de qualquer forma, você terá de trabalhar denovo pra arrancar seu dinheiro deles. Então prefiro me manter o mais distante possível de cargos públicos e concursos, e ganhar minha grana sem financiar o estado. Quanto menor o estado, melhor.
2025-12-01 02:04:42 from 1 relay(s) ↑ Parent Reply
Na boa, velho... Criticaram o Lula por usar hospitais privados. Criticam a Ayn Rand por ter usado a saúde pública no final da vida. Posso imaginar que alguns dos ancaps que metem o pau no Estado sejam indivíduos que nunca precisaram dum trabalho real na vida, além de serem filhos de casais de servidores públicos. Dito isso, não se preocupe com gente dizendo que você é um parasita, só porque seu setor recebe subsídios. Corra atrás de tudo o que lhe for devido, porque, quando você tiver um problema, quem vai sofrer é você, e não um ancap maluco escrevendo merda atrás dum teclado.
2025-12-02 01:30:37 from 1 relay(s) ↑ Parent Reply