Era para ser um romance muito bom, mas infelizmente é só decente, e olhe lá. O autor tem uma pegada razoavelmente boa da forma do romance (embora com as limitações de uma narrativa em primeira pessoa sem grandes novidades em matéria de artifício), mantém um uso algo frouxo do idioma, mas com alguma sobriedade, porém põe tudo a perder com o excesso de tiradas pretensamente engraçadas do protagonista, e ainda com o vício de a todo momento criticar (segundo sua imaginação) o Brasil. O resultado é uma voz faladora demais com chistes ruins (há uns poucos bons) e um excesso de comentário; é até possível abstrair o enredo e imaginar o livro como um longo tweet com o título “Bostil”. De resto, a narrativa anda na corda bamba entre a baixeza necessária à narrativa e a vulgaridade da piada de tiozão.
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Replies (7)
Estou terminando. Como gosto de boxe achei a abordagem bem próxima do universo das lutas. Daria uma boa série.
Rapaz, que contraponto interessante! Pois até agora só li recomendações...
Off-topic: já testou o jumble.social, @Ronald Robson ?
Só pro caso de meu comentário parecer indicar o contrário: vale, de todo modo, a leitura.
Testei dias atrás, achei demais, e estou com ele aberto agora mesmo no desktop. Começarei a testar notas em alguns relays específicos. Muito bom para conhecer gente nova! Aliás, parece que o YakiHonne lançará uma atualização que dará uma maior ênfase à alternância de relays (“orbits”, se bem recordo, é como estão chamando; bom nome).
Pode crer! Há algo desse espírito, sim (embora as piadas de boxeador sobre jiu-jitsu ser arte de viado já estejam defasadas até nas academias).
Ah, legal! Dessa atualização do Yakihonne eu não sabia. Valeu! :eyes: