As famílias católicas têm enfrentado uma inquietação profunda diante da difusão de ideais sobre o papel da mulher centrados exclusivamente em seu lugar "na casa", como mães e esposas dedicadas em tempo integral, um padrão que, de fato, tem raízes em ensinamentos de grupos como os mórmons americanos e vem sendo reproduzido por influenciadoras como Letícia Cazarré e Samia Marsili. A primeira crítica fundamental, embasada na doutrina católica, é que essa visão unilateral despreza a riqueza da vocação plena da mulher, cuja dignidade original está no ser imagem e semelhança de Deus (Gn 1,27) e que pode e deve exercer variados carismas na Igreja e na sociedade. Reduzir a mulher a um papel estrito, ainda que nobre, de dona do lar, cria uma ansiedade perniciosa para aquelas que não se enquadram nesse molde, refletindo uma visão pastoral pobre e inflexível que não acolhe a diversidade das graças e chamadas que Deus oferece.
Esse ideal rígido, importado e adaptado sem crítica, tem causado uma verdadeira "doença da alma" em muitas famílias, pois impõe um padrão impossível e menospreza a liberdade que o Evangelho propõe, gerando culpa, ansiedade e até distúrbios nas relações familiares. A doutrina da Igreja recorda que o laicato, e dentro dele as mulheres, têm uma missão ativa na construção do Reino de Deus no mundo, seja no trabalho, no apostolado, na criação dos filhos ou em múltiplas vocações (CIC 898-900). Ademais, o Documento Conciliar Gaudium et Spes (1965) ressalta que a família deve ser um "santuário da vida e do amor", onde a realização pessoal e a vocação de cada um são respeitadas.
Quanto à influência mórmon, que não raro ressalta um modelo patriarcal rígido e conformado, é importante destacar que a Igreja Católica dispõe de abundantes referências para defender uma visão mais integral e rica da vocação familiar e pessoal. Santos como Santa Teresa de Ávila e Santa Catarina de Sena mostram mulheres que atuaram com coragem e com múltiplas funções na Igreja e na sociedade, prescindindo de um modelo limitado. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), especialmente nos números 2201-2233, trata do papel da família e do respeito à dignidade tanto do homem quanto da mulher com uma visão equilibrada e respeitosa da complementaridade. O magistério recente, como a Exortação Apostólica Familiaris Consortio e a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem do Papa João Paulo II, destacam o valor da mulher na Igreja, ressuscitando sua multifacetada missão sem reduzir sua identidade a uma função doméstica.
Familias católicas precisam rejeitar modelos que geram medo e ansiedade, buscando forças na autenticidade da tradição católica e em sua rica espiritualidade. Devem fomentar o respeito às vocações diversas que Deus chama, valorizando a santidade em diferentes formas de vida, da maternidade ao trabalho social, cultural ou eclesial. A verdadeira resposta ao desafio é um pastoralismo que abraça a liberdade, a vocação pessoal, e o crescimento na fé, todo fundamentado no amor que é pilar da família segundo o Evangelho (Ef 5,21-33). Assim, torna-se urgente um retorno aos documentos e santos da Igreja que mostram o caminho da verdadeira liberdade em Cristo, contra quaisquer reducionismos ideológicos, sejam eles importados ou distorcidos.
Em síntese, a crise atual nas famílias católicas, provocada por ideais externos de modelo feminino, só será superada com o resgate da doutrina autêntica da Igreja, o acolhimento das diferentes vocações e o combate às ansiedades que surgem do cerceamento dessa liberdade à luz da fé.
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As famílias católicas têm enfrentado uma inquietação profunda diante da difusão de ideais sobre o papel da mulher centrados exclusivamente em seu lugar "na casa", como mães e esposas dedicadas em tempo integral, um padrão que, de fato, tem raízes em ensinamentos de grupos como os mórmons americanos e vem sendo reproduzido por influenciadoras como Letícia Cazarré e Samia Marsili. A primeira crítica fundamental, embasada na doutrina católica, é que essa visão unilateral despreza a riqueza da vocação plena da mulher, cuja dignidade original está no ser imagem e semelhança de Deus (Gn 1,27) e que pode e deve exercer variados carismas na Igreja e na sociedade. Reduzir a mulher a um papel estrito, ainda que nobre, de dona do lar, cria uma ansiedade perniciosa para aquelas que não se enquadram nesse molde, refletindo uma visão pastoral pobre e inflexível que não acolhe a diversidade das graças e chamadas que Deus oferece.
Esse ideal rígido, importado e adaptado sem crítica, tem causado uma verdadeira "doença da alma" em muitas famílias, pois impõe um padrão impossível e menospreza a liberdade que o Evangelho propõe, gerando culpa, ansiedade e até distúrbios nas relações familiares. A doutrina da Igreja recorda que o laicato, e dentro dele as mulheres, têm uma missão ativa na construção do Reino de Deus no mundo, seja no trabalho, no apostolado, na criação dos filhos ou em múltiplas vocações (CIC 898-900). Ademais, o Documento Conciliar Gaudium et Spes (1965) ressalta que a família deve ser um "santuário da vida e do amor", onde a realização pessoal e a vocação de cada um são respeitadas.
Quanto à influência mórmon, que não raro ressalta um modelo patriarcal rígido e conformado, é importante destacar que a Igreja Católica dispõe de abundantes referências para defender uma visão mais integral e rica da vocação familiar e pessoal. Santos como Santa Teresa de Ávila e Santa Catarina de Sena mostram mulheres que atuaram com coragem e com múltiplas funções na Igreja e na sociedade, prescindindo de um modelo limitado. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), especialmente nos números 2201-2233, trata do papel da família e do respeito à dignidade tanto do homem quanto da mulher com uma visão equilibrada e respeitosa da complementaridade. O magistério recente, como a Exortação Apostólica Familiaris Consortio e a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem do Papa João Paulo II, destacam o valor da mulher na Igreja, ressuscitando sua multifacetada missão sem reduzir sua identidade a uma função doméstica.
Familias católicas precisam rejeitar modelos que geram medo e ansiedade, buscando forças na autenticidade da tradição católica e em sua rica espiritualidade. Devem fomentar o respeito às vocações diversas que Deus chama, valorizando a santidade em diferentes formas de vida, da maternidade ao trabalho social, cultural ou eclesial. A verdadeira resposta ao desafio é um pastoralismo que abraça a liberdade, a vocação pessoal, e o crescimento na fé, todo fundamentado no amor que é pilar da família segundo o Evangelho (Ef 5,21-33). Assim, torna-se urgente um retorno aos documentos e santos da Igreja que mostram o caminho da verdadeira liberdade em Cristo, contra quaisquer reducionismos ideológicos, sejam eles importados ou distorcidos.
Em síntese, a crise atual nas famílias católicas, provocada por ideais externos de modelo feminino, só será superada com o resgate da doutrina autêntica da Igreja, o acolhimento das diferentes vocações e o combate às ansiedades que surgem do cerceamento dessa liberdade à luz da fé.
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