Todo roubo continua sendo igualmente roubo ainda que as vítimas não sejam facilmente identificáveis, e se sabendo do roubo, aceitar um dinheiro proveniente dele é afastar mais ainda o dinheiro das vítimas, ainda que o recebedor também seja uma delas (sendo a meu ver até mais imoral, por compactuar com quem te roubou).
Dito isso, todo mundo que recebe e troca com quem roubou, está por vias práticas considerando que ele é um ente lícito e o dinheiro realmente é da propriedade dele, ajudando assim a ocultar o valor roubado e ao criminoso, o mantendo como um ente ativo em seus crimes.
Esse engano de achar que o crime precisa ser 'direto' vem muito do próprio engano que o PNA causa. Ele não tem bases formais suficientemente objetivas para apontar o que se considera violação de propriedade, principalmente em casos mais indiretos, como 'ameaça crível', 'falsa testemunha' e outros. A receptação é um desses crimes que o PNA não consegue explicar satisfatoriamente, pois sem a base da ética argumentativa, não consegue apontar o que é ser um participante indireto de um crime (corroborar no ato do crime ou na ocultação depois de feito).
Além disso, a pessoa que aceita o dinheiro no caso de receptação não é um órgão de investigação ou de justiça, não tem como ela propriamente saber se não daria para que o dinheiro ser devolvido a alguém, e como eu disse antes, se não é do criminoso, e nem foi retirado diretamente da pessoa, não é para ela receber, ainda mais quando o valor excede ao que é retirado dela.
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Replies (3)
Tava procurando um vídeo antigo do Kogos que ele explica isso, até para pessoas que prestam serviços indiretos pra criminosos, mas ele provavelmente apagou depois que começou a se envolver com política 😮💨
Esse vídeo aqui é do Ojeda criticando como o próprio Kogos se tornou receptador de dinheiro Estatal:
https://odysee.com/@felipeojeda:b/resposta-ao-kogos-peguei-dinheiro-do:6
Receber dinheiro proveniente de impostos (ou qualquer outro tipo de roubo) não dificulta que seja devolvido para o proprietário legítimo, única e exclusivamente pelo fato do dinheiro ser *fungível*. Se eu te roubar 100 reais, você não estará interessado em receber de volta aquela cedula específica, e sim qualquer outra de valor igual.
Agora, em casos de bens não fungíveis como celular, por exemplo, dificulta sim. Pois você está atrás daquele indivíduo (produto) específico.
Dificulta. Pois todo bem é escaço, se uma pessoa rouba o dinheiro e se desfaz dele, quanto tempo terá que passar para ela reaver a mesma quantia para pagar a vítima? Principalmente em grandes valores.
O tempo é um prejuízo aditivo que a vítima passa a ter, inclusive.
Se o dinheiro, não sai da mão de quem roubou, o tempo de devolução à vítima reduz enormemente, e o criminoso só teria que pagar a indenização pelo crime.
É por isso que quem recebe de criminoso, tanto se beneficia ilegitimamente, por um dinheiro que não é dele, como ajuda a ele a ocultar o crime.