Este sujeito não tem a menor ideia do que é educação, e muito menos entende o que é descentralização. Com descentralização ele parece acreditar que se pode conseguir sobre a atual estrutura, apenas subindo o nível e jogando toda a informação nas nuvens de IA. Seus dados nunca serão seus. Basta a superestrutura superior decidir limita-los. Esta é precisamente a ideia por detrás essa porcaria de IA. E segundo ele acha que se consegue educação de forma lúdica, confundindo joguinhos de card e cruzamento de dados com educação. Isto pode ser alguma sintetização de informações gerando novas informações, educação, nem de longe. Não é possível educação em plataformas de rede social. Elas só geram dispersão de atenção e homogeneização de pensamento. Um indivíduo verdadeiramente empenhado em se educar, em aprender alguma coisa, apesar de todos os elementos contrários a tal esforço, inerentes a este meo, à plataforma, pode se aproveitar de tal cruzamento de informações; mas ele conseguiria isto não por causa da plataforma, mas apesar dela. E ainda há o problema da curadoria dessas informações. Plataformas de rede social têm dois pontos positivo, se é que realmente são positivos: fornecer dados brutos em tempo real em nível global, e possibilitar a comunicação interpessoal também em tempo real em nível global, que foi a razão que fez os líderes do mundo se voltarem contra elas, planejando acabar com a festa: e vão acabar. Quem disse que o afegão médio precisa saber tudo que está acontecendo no mundo? Note que tudo aqui é um termo relativo. Porque plataformas centralizadas não permitem que você saiba tudo absolutamente, sem filtro. Aprender é uma decisão individual, é difícil e requer um verdadeiro educador mediando diretamente o aprendizado. Pouquíssimos indivíduos conseguem aprender sozinhos. Se você substitui o mediador por uma IA, o mediador passa a ser o filtro usado na IA, seja pelos donos da IA, seja pelos treinadores da aplicação. Se a IA foi treinada por um sócio construtivista que acredita que Piaget era um gênio, ela vai emburrecer o sujeito do mesmo jeito que um professor da USP emburrece os seus alunos imbecis. Este é o ponto. Nota-se que o cara nunca ouviu falar de Reuven Feurstein.