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Ronald Robson
ronald@primal.net
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Writer. Radically Brazilian. | Autor de "Contra a vida intelectual, ou iniciação à cultura" (2024) e "Conhecimento por presença: em torno da filosofia de Olavo de Carvalho" (2020). | Criador de flusserproject.com
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ronaldrobson 1 year ago
Em que explico por que transitarmos no momento para um novo tipo de relacionamento com o saber e como meu projeto Convivium se insere nesse contexto. Relembro: se você quiser inscrever-se pagando em bitcoin (nesse caso optando por ter acesso aos 3 módulos), basta me mandar um e-mail: camoensiii57@protonmail.com
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ronaldrobson 1 year ago
Talvez você não saiba, mas mantenho um projeto chamado Convivium – Seminário Permanente de Humanidades. Estou prestes a iniciar um novo módulo, “A Alegoria do Mundo: o Mago, o Filólogo e o Colonizador”, sobre o qual você pode se informar através deste e-book modesto (fique à vontade para baixar e mandar para os amigos): Se quiser inscrever-se pagando em bitcoin, me mande um e-mail: camoensiii57@protonmail.com (Nesse caso, só aceitarei aqueles que estejam interessado em todo o material de Convivium, não apenas no novo módulo.) image
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ronaldrobson 1 year ago
Napoleão Bonaparte tinha uma espécie de anjo da guarda que o aconselhava e protegia. De vez em quando ele assumia a forma de uma esfera brilhante, às vezes se fazia presente como um anão de roupinha vermelha. É o que o próprio Napoleão conta.
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ronaldrobson 1 year ago
Caí fora do Instagram meses atrás e esta semana larguei o dedo no DELETE do Xuíter. (Até recobrei ânimo para retomar minha newsletter e tenho sentido melhoras da rinite.) #Nostr, meu brother, não me deixes na mão.
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ronaldrobson 2 years ago
Gostaria muito que algum desenvolvedor criasse um cliente para #Nostr que não tivesse like nem follower count. Uma espécie de RSS em comunidade, com no máximo opções de compartilhamento e comentário. (Ou será que já existe? #asknostr) Considero um erro buscar a adoção em massa do #Nostr tomando por modelo as redes sociais. Minha pouca atividade aqui nas últimas semanas se deve a esse descontentamento. Se é para fazer do #Nostr algo novo, que o seja REALMENTE.
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ronaldrobson 2 years ago
Talvez interesse a alguém saber que nem tudo de Paulo Leminski é besteira. Tenho lido e o juízo é este: há coisa boa nas biografias ("Vida"), em parte do "Catatau", na "Metaformose" e em alguns ensaios (o posfácio a Mishima é digno). A prosa era bem menos tola que a poesia.
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ronaldrobson 2 years ago
Talvez nem sempre imposto seja roubo. Talvez, a ver caso a caso. Mas inflação é 100% roubo sempre.
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ronaldrobson 2 years ago
Diversão demais jogar esta bobagem com minha filha. image
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ronaldrobson 2 years ago
COISA LEGAL | ATENÇÃO No momento, minha newsletter está com um bom desconto (a modalidade paga inclui acesso a textos, áudios e vídeos exclusivos). Para tornar a coisa mais atraente, resolvi fazer uma oferta para os poucos amigos aqui do Nostr: se você fizer a assinatura anual (R$ 99) e pagar em bitcoin, mando para sua casa por minha conta 1 exemplar de "O mínimo sobre Olavo de Carvalho" ou 1 exemplar de Nabuco - Revista Brasileira de Humanidades (qual dos seis números ficaria a meu critério). Máximo de 10 novos assinantes via bitcoin. Se tiver interesse, mande DM ou escreva para o e-mail camoensiii57@protonmail.com Esta oferta não tem validade. Se você ler isso daqui a, digamos, seis meses, a oferta continuará válida (a menos que já tenha sido atingido o máximo de 10 assinantes; mas me consulte). https://pingback.com/ronaldrobson/subscribe É isso. Valeu.
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ronaldrobson 2 years ago
Primeiro Murakami que leio. So far so good. Embora alguns momentos de humor à la Kurt Vonnegut deixem a desejar. image
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ronaldrobson 2 years ago
Por um completo acaso, duas semanas antes de assistir a “Oppenheimer”, do Nolan, vi este filme sobre outro participante do Projeto Manhattan: “Adventures of a Mathematician” (no Brasil: “O matemático”, fazer o quê). Trata da vida de Stanisław Ulam, ou Stam, que atravessou meio século da história da matemática do século XX provando teoremas importantes e lançando conjeturas valiosas em diferentes áreas, mas cujo nome ficou ligado quase que exclusivamente ao algoritmo de Monte Carlo, o que não é pouca coisa, ainda mais com tanta atenção hoje voltada para machine learning, área da computação impensável sem aquele algoritmo. Ulam, pelo pouco que li de suas memórias (o filme se baseia nelas), era desses casos que o também matemático (e também escritor) Paul Halmos incluía no grupo dos apegados a formas, a linguagens, a conceitos, e não aos aspectos quantitativos mais próprios a áreas como análise e estatística. Suas reflexões sobre jogos, como o filme bem retrata, serviram de inspiração a John von Neumann, um dos fundadores da teoria de… jogos (influência que eu desconhecia e acho que passa longe de ser lugar-comum). Como isto não é uma resenha de “Adventures of a Mathematician”, filme pouco ambicioso mas bom e sólido no que se propõe realizar, tomo logo a liberdade de dizer que o retrato de von Neumann, melhor amigo de Ulam, é desconcertante. Vocês devem saber, ou talvez não saibam, que von Neumann foi um dos “marcianos”, aquela geração de cientistas húngaros emigrados para os Estados Unidos que lá fizeram descobertas assombrosas e foram, em alguns casos, determinantes para a vitória do país na Segunda Guerra Mundial (von Neumann trabalhou em projetos militares os mais diversos, do sistema de mira de mísseis à bomba atômica e ao primeiro computador). Era um bon vivant e um anticomunista decidido. A imagem de sua solidão no filme, canceroso a morrer quase só num hospital, me deu o que pensar por alguns dias. O que pensar, sim — mas o quê, exatamente? É que, em contraste com ele e a grande maioria dos matemáticos famosos à época, Ulam era uma pessoa normal, séria, responsável, diria até que comodamente burguesa. Judeu polonês escapado do nazismo que acabaria matando seus pais e sua irmã, morreu de uma velhice familiar e bem vivida, e seria impossível imaginá-lo desassistido num hospital como o amigo Johnny (como von Neumann é chamado ao longo do filme todo). Fiquei a lembrar do que Wozniak uma vez disse a Steve Jobs: para ser um gênio você não precisa ser um filho da puta. Foi isso que me fez desgostar de algo que talvez pudesse ter ignorado em “Oppenheimer”. A tentativa de transformar sua história numa fábula da tragédia americana, com uma insistência chata em imagens de “caos” e explosão que expressariam algo do estado de espírito do protagonista (com uma analogia previsível entre mundo subatômico e estratos profundos da consciência), piora um pouco o que deveria ter sido um filme hollywoodiano sobriamente clássico. Já Ulam, não mencionado diretamente em “Oppenheimer” talvez porque participasse da equipe de engenharia direta da bomba sob a supervisão de Edward Teller (Oppenheimer lidou mais diretamente com a parte teórica e a gerência geral do projeto), aparece em “Adventures of a Mathematician” como um participante reticente de um projeto que vez ou outra lhe parecia irracional, quando não demoníaco. Ele não se sente participante de uma tragédia, embora se sinta intelectualmente desafiado pelas tarefas que lhe passavam. Parece apenas não saber bem o que fazer da própria vida e não considera que a fama ofereça um consolo fácil. O filme sobre Ulam me chamou atenção por alcançar um retrato equilibrado, em cinematografia popular, do que é uma carreira científica de sucesso. Não incorre no romantismo com que nos acostumamos a conceber a vida de matemáticos e sem o qual o filme “Oppenheimer” não fica de pé. É muito para um filme que pretendeu alcançar bem pouco.