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ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
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Chegamos a um ponto em que nem mesmo o homem ocupa mais o centro da vida humana. Na Idade Média, Deus estava como centro absoluto da existência, com todas as realidades ordenadas em função do Criador. A vida do homem só fazia sentido na medida em que estava vinculada à transcendência. Após o humanismo/Renascimento, ocorre o deslocamento do eixo para o ser humano. A razão e a ciência se tornaram fundamentos do conhecimento e da organização da vida do homem, visto como suficiente em si mesmo. E na pós-modernidade, há a fragmentação desse mesmo humanismo. As ideologias variadas trazem a relativização do homem enquanto medida de todas as coisas, chegando até a subordiná-lo à técnica, ao mercado ou até a uma sacralização da natureza, que passa a ser vista como superior à presença humana. É o novo paganismo.
O ápice da breguice é ver adulto brasileiro usando gíria de adolescente americano. “Cringe, mansplaining, crush, shippar”. A gente já tem “vergonha alheia”, “explicar o óbvio”, “paixonite” e “torcer por casal”. Não é inglês, é só breguice mesmo.
Eu e meu péssimo hábito de querer que as pessoas sejam como eu quero que elas sejam. E façam o que eu quero que façam. Quanto mais próximo de mim, mais eu machuco. E se tem uma coisa que aprendi com tudo isso, é que não se pode machucar sem ser machucado.
Jesus prometeu aos apóstolos: “Eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação do mundo” (Mt 28,20). Essa promessa inclui a assistência indefectível à Sua Igreja, que Ele fundou sobre Pedro (Mt 16,18). O protestantismo, ao afirmar que a Igreja “se corrompeu” e que a verdade se perdeu por séculos até Lutero, que desafiou o Magistério, a Tradição e o cânon bíblico, nega a eficácia dessa promessa. Logo, quem sustenta essa posição está admitindo que Jesus mentiu ou falhou em guardar a sua Igreja. Mas Cristo não mente e não falha (cf. Jo 14,6; Hb 13,8). Portanto, a conclusão protestante é absurda e contraditória. Em síntese: ou Cristo guardou sua Igreja até hoje (catolicismo), ou Ele falhou (o que nenhum cristão pode admitir).
O homem medieval viveu em uma ordem na qual corpo, alma e espírito estavam integrados. Seu mundo não era caótico, mas simbólico: o trabalho, a oração, a comunidade e até o sofrimento encontravam lugar dentro de uma narrativa maior, iluminada pela fé. Havia uma certeza inabalável de pertencimento: criatura de Deus, membro de uma tradição, elo vivo em uma cadeia de gerações. O homem moderno, ao contrário, muitas vezes sente-se suspenso no vazio. As antigas certezas foram dissolvidas, e o indivíduo é lançado na tarefa de criar, sozinho, um sentido para sua vida. Porém, só encontra angústia e solidão. A morte, que para o medieval era passagem, para muitos hoje é absurdo. Enquanto o medieval olhava o céu estrelado e via nele sinais do divino, o moderno tende a ver apenas matéria inerte. Enquanto aquele construía catedrais que elevavam o espírito, este ergue arranha-céus que, embora grandiosos, muitas vezes não apontam para além de si mesmos. O contraste é profundo: o homem medieval vivia em um cosmos cheio de sentido, o homem moderno em um universo silencioso. O primeiro encontrava paz na ordem transcendente, o segundo luta para inventar significados fragmentados. Se o medieval parecia limitado em suas opções, foi justamente essa limitação que lhe ofereceu liberdade interior; já o moderno, cercado de opções, muitas vezes sente-se prisioneiro da própria indecisão. O homem medieval, muito além apenas de uma figura histórica, foi o apogeu espiritual do ser humano. Aquele que viveu como um ser inteiro, orientado e reconciliado com a existência.
Não permitirei que tamanha demonstração de bravura e convicção caia no esquecimento. View article → Sejamos os sanfedistas do século XXI e lutemos contra os "neo-jacobinos".