Algumas considerações sobre o debate entre o Arminiano Juan Oliveira e o Romanista Ariel Lazari:
O ímpio só escapará da condenação caso se arrependa (Is 55:6-7).
"Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar."
Os justos e os ímpios são características fixas, que não mudam devido à morte ou depois dela (João 8:24).
"Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados."
Todos passarão pelo juízo (Ec 3:17).
Ec 3:17: "Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra." -
Muitos se perderão (Mt 7:13-17).
O justo pode ter certeza da sua salvação (Rm 6:18-23).
"E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor."
O justo é disciplinado em vida, mas jamais será condenado (1 Coríntios 11:32).
"Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo."
O ímpio é aquele que permanece incrédulo e impenitente, é o que pratica a injustiça e impiedade, além de se manter em rebeldia contra Deus até o fim (João 3:36).
"Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece."
O ímpio é indiferente quanto à Lei de Deus.
Impiedade é viver como se Deus não existisse (Salmo 10:4).
"Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus."
No Estado Intermediário a descida ao Sheol é apresentada como um alerta e como castigo para os impios (Salmo 9:17; 49:14;55:15. Provérbios 15:11,24. Lucas 16:23).
Sl 9:17: "Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus." (castigo para os ímpios).
Pv 15:11: "O inferno e a perdição estão perante o SENHOR; quanto mais os corações dos filhos dos homens?" (alerta).
Portanto o Sheol não é um Lugar neutro para onde todos vão.
A Tradução para o Português brasileiro Almeida Revista e Atualizada emprega várias palavras para traduzir Sheol, como: sepultura (Jó 7:9), morte (Sl 16:10), cova (Sl 30:3a), além (Ec 9:10) e inferno (Dt 32:22, Sl 116:3).
Por causa da variação textual, teólogos aniquilacionistas insistem em dizer que não existe estado intermediário e que o estado intermediário é uma compreensão que apareceu tardiamente e de origem grega, já que a mentalidade judaica é aniquilacionista. Isso não é verdade. Judeus do primeiro século como os Saduceus não acreditavam em ressurreição dos mortos por exemplo, nem em anjos, nem em demônios, pois focavam só no Pentateuco e rejeitavam toda a tradição oral dos Fariseus. E Jesus diz que os Fariseus são mestres da Lei legítimos (Mateus 23:2-4), além de pregar ressurreição de mortos (João 11:25). Jesus também fala de alegria eterna e sofrimento eterno em Mateus 25:46.
["Καὶ ἀπελεύσονται οὗτοι εἰς κόλασιν αἰώνιον· οἱ δὲ δίκαιοι εἰς ζωὴν αἰώνιον."]
Logo, Sheol (ou Hades — Ἅδης na Septuaginta) possui mais de um significado dependendo do contexto, podendo significar tanto um lugar intermediário onde os ímpios estão quanto o estado em que ímpios mortos se encontram.
Jesus ensina que dará ordem aos anjos para que eles separem o joio do trigo no dia do Juízo reforçando que esses dois caminhos (perdição e salvação) são fixos, sendo impossível serem mudados após a morte ou após a volta de Cristo (Mateus 13:24-43).
Jesus não ensina que o justo progride em santidade depois da morte. Na parábola do Rico e do mendigo Lázaro, Jesus diz que Lázaro vai direto para o seio de Abraão depois que morre (Lucas 16:22) e principalmente, Ele ensina que os mortos não podem ter nenhum tipo de contato com os vivos para alertá-los sobre o sofrimento eterno dos perdidos. O Rico implora ao Pai Abraão para que ele volte e alerte seus familiares que se arrependam em vida(v. 27,28). Então Pai Abraão responde que eles têm a Lei de Moisés e os Profetas, se não ouvem e não se arrependem nem um familiar ressuscitado faria eles se arrependerem (v. 29-31).
O Juan teve dificuldade em comunicar esses pontos com clareza.
O Apóstolo Paulo diz que morrer é estar (diretamente) com Cristo em Filipenses 1:23. E em 1 Tessalonicenses 4:13:17 Paulo diz que na segunda vinda de Cristo os salvos mortos ressuscitarão e os que estiverem vivos serão transformados e todos os eleitos viverão para sempre com o Senhor no novo céu e nova terra. O Juan se confundiu todo para explicar a complexa escatologia dos Pré-milenistas Dispensacionalistas.
Todos os textos que o Ariel usou para justificar a existência de um Purgatório para purificar um salvo que morreu, antes que ele entre no céu são oriundos de Eixegese (Literalmente todos).
https://www.youtube.com/live/gD8sc3V55zY?si=80TTqwD2HZpS8yeE