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Quem tinha um grande acervo do começo da televisão no Brasil era a Rede Record. Grande parte dos programas eram ao vivo porque a tecnologia de gravação em fitas ainda era cara. E boa parte do acervo de fitas foi perdido em incêndios. O SBT também perdeu partes de acervo em inundação na Vila Guilherme nos anos 1990. Acho interessante também lost mídia em obras de arte. A Monalisa já foi furtada no começo do Século XX e ficou mais de dois anos desaparecida. Estamos muito acostumados com a tecnologia da imprensa, formas tipográficas e livros, porém, há 5 séculos não existia o livro como mídia de suporte para a informação escrita. Então os casos de perda de mídias históricas como papiros, pergaminhos, rolos, escrita cuneiforme em argila, pedras e tábuas também são emblemáticos. Textos em papiro como os da biblioteca de Nag Hammadi ficaram perdidos desde o Século III até 1945, quando foram localizados no Egito por dois irmãos diversos pergaminhos com textos gnósticos dos cristãos dos primeiros séculos. E a mãe dos rapazes ainda queimou diversos papiros por achar que seria coisa de bruxaria... E o mais emblemático de todos é o da Biblioteca de Alexandria. Ela continha as obras dos escritores e filósofos gregos. Boa parte dos registros da cultura helênica se perdeu com a destruição de parte do acervo da biblioteca por incêndios, guerras e saques. O que conhecemos hoje dos filósofos gregos são apenas cópias ou originais que resistiram ao tempo. Tudo isto me faz pensar que um dia boa parte da mídia eletrônica também será perdida em algum evento de atividade solar, pulso eletromagnético, guerra ou obsolescência de mídia. Tem um episódio de Cowboy Bebop que trata desta questão de memórias de vida e mídia obsoleta. Um episódio bem emotivo no final. https://www.youtube.com/watch?v=3q8WdhQO9bU
2025-11-16 05:23:59 from 1 relay(s) ↑ Parent
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