Na era digital, governos têm mais poder informacional do que nunca — podem modular narrativas, estatísticas, e até manipular percepção via algoritmos e redes sociais. Só que esse poder é de curto alcance: ele retarda a reação popular, mas acelera o choque futuro. Quando a realidade finalmente rompe o véu informacional, o ajuste é abrupto e destrutivo.
É uma espécie de entropia fiscal-informacional: o sistema acumula desordem contábil e narrativa até que uma fagulha (um dado vazado, uma crise cambial, um downgrade de rating) faz a entropia colapsar em caos.
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