Muitos libertários e bitconheiros reduzem toda a vida humana à esfera econômica. Enquanto fizerem isso, estarão incorrendo no mesmo erro que Marx.
Login to reply
Replies (9)
Marx pensava que tudo era economia?
Os conceitos marxistas de infraestrutura e superestrutura dão a entender que para Marx as forças produtivas e econômicas determinavam a superestrutura.
Não sei se tudo para ele era economia, mas tudo que já li e ouvi sobre ele tem forte viés econômico, com os meios de produção e as relações de trabalho determinando a cultura, as leis, o governo e o estado.
É uma dialética materialista. É o mesmo erro dos liberais.
Dá um exemplo de reduzir a vida humana a esfera económica. As vezes a pessoa só quer viver de modo simples.
Um exemplo seria afirmar que o BTC resolveria a atual crise matrimonial, o que, obviamente vai muito além da questão econômica e entra em um problema espiritual da sociedade. Outro exemplo é dizer que os problemas do Brasil são causados por mera questão econômica e ao arrumar isso, tudo se resolveria, o que, ao meu ver, é uma baita simplificação.
O materialismo histórico de Marx reduzia os eventos da história à mera motivação econômica dos agentes. Ele não exatamente pensava que tudo era economia, ele via outros fatores de influência na sociedade, mas ele via a economia como o principal e mais importante fator que move um povo e todo o resto (a superestrutura) se ergue a partir dela.
Interessante.
E sobre o comportamento na sociedade, como esses movimentos baseados em sexo e cor de pele deve ser algo recente que Marx talvez não tenha escrito.
Marx escreveu e teorizou sobre o lumpemproletariado, mas referia-se às pessoas excluídas economicamente e sem consciência política ou de classe.
Mas outros filósofos da escola de Frankfurt pegaram a ideia de exclusão econômica e política e a ampliaram para outras formas, como a exclusão racial, cultural e sexual. Daí surgiram os movimentos de subculturas, movimentos identitários, raciais, gays e transexuais.
Antonio Gramsci, antes dos frankfurtianos.
Bem lembrado! Ele teorizou antes da turma do Marcuse e Adorno. E ainda teve o melhor discípulo: o Saul Alinsky. No "Rules for Radicals" o Alinski explica como usar a massa lumpem para criar problemas e polarizar os alvos.