Puberdade precoce em meninas
Registros históricos indicam que a idade média da menarca (primeira menstruação) nas nações ocidentais caiu de 17 anos, em 1830, para 12,8, em 1962, um ritmo de aproximadamente quatro meses por década. De acordo com registros médicos de 1860, a idade média da menarca era 16,6 anos. O professor Norbert Kluge predisse recentemente que, em poucos anos, a idade média da menarca em meninas alemãs será 10 ou 11 anos [Beiträge zur Sexualwissenschaft und Sexualpädagogik; Norbert Kluge]. Registros norte-americanos mostram que a idade média da menarca era 14,6 em 1940; 12,5 em 1950 e 12,2 em 1992. Um estudo recente com 2.510 meninas norteamericanas revelou que a primeira menstruação ocorre, em média, aos 12,4 anos. Essa idade parece ter se estabilizado nos últimos cinquenta anos, embora características sexuais secundárias, como o desenvolvimento dos seios e dos pelos pubianos, continuem a aparecer cada vez mais cedo [Age at Menarche and Racial Comparisons in U. S. Girls; William Cameron Chumlea].
O início precoce da puberdade gera certos desafios na vida feminina. Visto que as meninas desenvolvem-se, naturalmente, antes dos meninos; aquelas que se desenvolvem antes mesmo das pessoas do mesmo sexo, encontram-se socialmente em desvantagem, porque enquanto menstruam e acompanham eventos como o crescimento dos seios, aos 9 ou 10 anos, suas amigas ainda possuem mentalidade de criança. A puberdade é muito marcante e estressante, pois é uma mudança completa: física, neurológica e emocional.
A mocinha precoce pode acabar não tendo maturidade emocional para lidar com olhares dos meninos e iniciar a vida sexual rapidamente. Ainda possui grande probabilidade de serem agressivas, retraídas e melancólicas; carrega um índice de depressão elevado. Tem mais problemas na escola e maior probabilidade de fumar, ingerir álcool ou usar drogas. Quando adultas, possuem tendência de adquirir câncer de mama [When Little Girls Become Women; Diana Zuckerman].
